segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Insanidade

Um dia o vi parado, confuso, tenso,

Brigando com a TV sem nenhum tipo de senso,
Ele grita e insulta sentado naquela sala,
Como se os personagens rissem da sua cara.

Outro dia eu á vejo com a mala arrumada,
Na sala sozinha esperando sentada,
Quando chego, ela fala e isso me comoveu,
Que ela esperava meu avô, só que ele já morreu.

Ele volta a arrumar briga confusão, treta,
E a solução ele só acha no vidro de tarja preta.
Só que eu não preciso de estudo, nem muito tempo ao lado,
Pra saber que curado é diferente de dopado.

Pra cada jogo de baralho existem dois coringas,
Anestesiados com pílulas e doses em seringa,
Dormindo o dia todo, isso é melhor pra todos,
Porque quando acorda torna-se perigoso como os lobos.

As paredes brancas e estofadas aumentam o meu tédio,
Que só passa quando chegam mais caixas de remédio.
E essa letra na minha mente aumenta meu Inferno.
Porque essa camisa branca aperta e ninguém me dá um caderno.

Daniel Monteiro Salles

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